Coração de menino fica 40 minutos sem bombear e ele se salva

Quando uma mulher entra em período de gestação, o desejo dos futuros pais é que a criança venha ao mundo com saúde, acima de qualquer outro atributo. Infelizmente, não foi esse diagnóstico que os pais do inglês Joshua Baker, hoje com 5 anos, receberam quando ele nasceu.

Com apenas 2 semanas de vida, foi descoberto que o menino sofria de uma complexa cardiopatia congênita. Joshua nasceu com um buraco no coração, além disso, o lado direito do órgão deixava de funcionar repentinamente, bombeando o sangue para o outro lado, o que sobrecarregava o lado esquerdo e poderia ser fatal a qualquer momento.

Desde então, foram várias visitas a centros clínicos e hospitais, quatro grandes operações e seis pequenas intervenções cirúrgicas. Mas nada comparado ao drama que ele ainda enfrentaria.

Só havia uma maneira de salvar o pequeno Joshua antes que seu coração o matasse: realizando mais uma, e arriscada, cirurgia. Os médicos foram bem realistas ao consultar a mãe dele e dizer a ela que o garoto teria apenas 20% de chance de sobreviver.

“Tínhamos que tomar uma decisão muito difícil. A operação era arriscada e a chance dele sobreviver, pequena. Eu não conseguia permitir a cirurgia, mas sabia que sem ela seu coração pararia, e naquele momento eu não poderia deixá-lo escapar de nós”, contou a mãe, Rebecca Baker, em entrevista ao jornal inglês Daily Mail (foto).

“O pior momento da minha vida”

A cirurgia durou 15 agonizantes horas. “Foi o pior momento da minha vida”, diz Rebecca. Entretanto, mesmo contra todas as circunstâncias, Joshua foi forte o suficiente e sobreviveu.

A próxima batalha agora seria enfrentar a UTI infantil e recuperar-se da cirurgia. Porém, após alguns dias, a situação do menino se complicou.

O milagre que o trouxe de volta à vida

Uma hemorragia teve início no coração de Joshua e desencadeou uma forte parada cardíaca. Os pais, que zelavam por ele 24 horas, entraram em desespero. “Ficamos aterrorizados. Tudo aconteceu tão rápido e não sabíamos como agir”, conta a mãe.

Por sorte ou obra do destino, o cirurgião do garoto passava em frente ao quarto naquele momento e foi socorrê-lo. “Ele se dirigiu imediatamente ao meu filho, abriu o peito dele e começou a massagear diretamente seu coração”.

O coração do menino ficou sem bater por 40 longos minutos. Tempo mais do que suficiente para matá-lo, ainda mais em sua debilitada condição pós-cirúrgica. Porém, Joshua sobreviveu. Mas seus pais foram avisados de que ele, provavelmente, sofreria com graves sequelas, por conta do tempo em que seu cérebro ficou sem receber oxigênio.

No entanto, quando Deus intervém, a salvação é completa. Meses após a cirurgia, Joshua está praticamente recuperado, e nenhum dano cerebral foi encontrado. Ele cresce normalmente e brinca com suas irmãs – Chloe, de 6 anos, e Mia, de 3 –, que, enquanto não podiam visitá-lo no hospital, cantavam músicas para ele pelo telefone.

“Na noite de Natal, estávamos no hospital e suas irmãs não puderam visitá-lo. Elas então telefonaram para Joshua e cantaram canções natalinas. Ele começou a piscar os olhos e abriu um largo sorriso. Foi a cena mais linda que uma mãe poderia ver. Eu e meu marido começamos a chorar, e instantes depois as enfermeiras que estavam por perto também emocionaram-se”, relembra Rebecca.

Sem explicação

Os médicos não conseguem explicar até agora como Joshua sobreviveu e, menos ainda, como não teve nenhuma sequela. Por todo o Reino Unido, ele foi apelidado de “garoto do milagre”, afinal, até agora, essa é a única explicação lógica para sua sobrevivência.

Fonte: Arca Universal